Eu te disse, Doralice, que não andasse por aquelas bandas.
Não bebesse daquela água.
Não deitasse naquela relva.
Eu te disse, Doralice, que não se enganasse pelos olhos.
Não se deleitasse com o certo toque.
Nem se inebriasse pela particular essência.
Eu te disse, Doralice, que não se deixasse levar pelas vontades.
Não se entregasse aos devaneios.
Não se iludisse com os sonhos.
Eu te disse, Doralice, assim como tantos outros:
Andar pelas sertanias que não domina é andar pelo coração de quem não te ama.
Eu te disse, Doralice, mas cansei de dizer:
Desbravar fronteiras é para os bandeirantes, não para Doralices.
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