quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Gigante? Porra nenhuma!

Tudo o que eu queria era que o povo do manifesto tivesse um pouco mais de cultura e educação. 
Pra pelo menos existir possibilidade. 
Mas nem isso, né, moçada?!
Não estou falando que eles são uns ignorantes analfabetos. De forma alguma, não sou melhor que ninguém. É só que se eles soubessem da metade não estariam nessa felicidade toda por estarem indo às ruas apenas.
Não me entendam mal, estou muito feliz e animada do pessoal estar se colocando à disposição de ir, andar, cantar, gritar e etc. 

Mas é que tem gente que acha que é festa.
Que manifestação é parada sabe-se-lá-do-quê. Que é micareta. Carnaval. Arrastão. Tatame de luta. Até açougue, se bobear. Menos manifestação.
Vaiam policiais, picham muros. Erguem cartazes sarcásticos e com frases de efeito que impressionam e não mudam nada. Eles esquecem que reforma não é feita da noite pro dia, parando o trânsito das cidades.

Reforma requer esforço, dedicação, disciplina, perseverança. É preciso acompanhar a todo momento o desenrolar do governo.

É ir à urna com a tal consciência de quem vai às ruas. E saber que não é só ir lá e votar e cumprir sua obrigação.
É lembrar em quem votou e acompanhar o que o dito cujo anda fazendo.

Ser humano é egoísta. Precisou tirar 0,20 a mais do bolso pra ele ir à rua. Porque os trilhões da Copa saíram dos cofres públicos.
Dinheiro que você já pagou, e ainda paga, em qualquer coisa que compra. 
Ou seja, o dinheiro já tava lá mesmo. Indiferente.
Aí, você fica insatisfeito com os 0,20 a mais e o que faz? Vai à rua. 
Mas ir à rua por causa de 0,20 é muito mesquinho, né?!

Aí sim, o povo vai pra Internet pesquisar o que mais de podre tem no governo:
Nascituro, PEC 37, ato medico, royalties do petróleo, cura gay, e por aí vai.

Ninguém pensa no bem maior não, sô.
Pergunta pra um político porque ele é politico. Duvido que é pra ajudar aos outros.
Ninguém pensa no todo quando os problemas pessoais batem ali ó, na porta de casa.

Então, manifestante, vá à rua, sim. Faça parte da história do seu país. Mas não vá gritar abobrinha, nem se revoltar contra o que nem sabe.
Se não souber e nem tiver interesse em saber, vá apenas pra encher as ruas.
Porque quando você, classe media marrentinha, vaia policial, picha muro, fala merda, só denigre o que, de fato, é correto e fundamentado.

Se o pessoal começar a pensar no todo, e a trabalhar pelo todo, não haverá problemas pessoais, apenas sociais.
Porque o que não for problema pro todo, não vai ser problema at all. Vai ser só um empecilho rotineiro. Mais uma pedrinha no meio do caminho.

Eu vou à rua, sim. Mas me mantenho calada e atenta ao que acontece.
Porque gritar opiniões pela metade me envergonha.

Para de assistir suas séries, ver sua novela, jogar seu vídeo game, ver seu filme. Vá ler um livro, vá à um Teatro, à uma galeria.
Vá se tornar uma pessoa melhor e menos mesquinha. 
Se você quer mudança comece por você.
Se quer mais investimento na cultura, procure cultura. Se quer mais investimento na educação, dedique-se aos estudos.
Se quer justiça, cumpra com seus deveres e lute por seus direitos. Se quer futuro, invista no seu presente aprendendo com o passado.

Se quer reforma política, eduque-se, instrua-se, construa valores morais sólidos e candidate-se ao Senado.

Faça a diferença que tanto deseja.

Senão, cale-se, engula seu orgulho e admita que o país não está do jeito que você acha certo porque você não tem coragem de colocar a cara a tapa por ele.

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